No dia 2 de Julho de 1944, menos de um mês após o desembarque dos aliados na Normandia, no chamado Dia D, o navio norte americano General Mann zarpou do porto do Rio de Janeiro levando 5.090 oficiais e soldados brasileiros para lutar contra o nazismo e o fascismo na Europa. Outros três embarques ocorreriam nos meses seguintes, deslocando um total de 25.334 brasileiros para o cenário do maior conflito armado do Século XX, a Segunda Guerra Mundial. Para marcar os 70 anos deste acontecimento histórico, o Museu Ruy Menezes vai realizar, de 27 de junho a 20 de julho, a exposição "Nós vimos a cobra fumar", reunindo objetos, documentos e fotografias dos integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que enfrentaram o exército alemão nazista no norte da Itália até o início de 1945, sendo responsáveis pela libertação de diversas cidades. Parte do acervo pertenceu ao então tenente Italo Diogo Tavares, falecido em 2002, que deixou um importante diário de guerra no qual retrata o dia a dia dos chamados pracinhas no front. A inauguração da exposição será no dia 27 de junho, às 19h, e está prevista também a exibição de um vídeo com imagens antigas e depoimentos sobre a participação brasileira no conflito. O Museu Ruy Menezes, situado na Praça Francisco Barreto, funciona de terça a sexta feira, das 9h às 18, e aos sábados e domingos das 9h às 13h. A entrada é franca. Considerados "libertadores" pela população de várias cidades italianas, os soldados brasileiros são lembrados em dezenas de monumentos, logradouros e museus em cidades como Montese, Porreta Therme e Borgo a Mozzano. Por sinal, Montese também foi palco da batalha mais sangrenta enfrentada pelos brasileiros, que é relatada no vídeo pelo ex-combatente barretense Mário Lemos Ferraz.